A pesquisa do Índice de Preços ao Consumidor de Teresópolis, realizada há 20 anos pela Fundação Educacional Serra dos Órgãos (Feso), conhecida como IPC- Feso, que aponta o aumento do preço e a tendência da inflação no município, está passando por uma nova fase este ano. A pesquisa agora faz parte do programa de extensão do Centro Universitário Serra dos Órgãos (Unifeso), ligado diretamente à Direção de Pós-graduação, Pesquisa e Extensão (DPPE).

Com a reformulação, o IPC-Feso tem dois professores responsáveis pela continuidade da pesquisa, Renato Cobo e Valéria Brites, que contam com acadêmicos pesquisadores dos cursos de Administração e de Ciências Contábeis, sendo que, três estudantes recebem bolsa de iniciação científica e os demais são pesquisadores voluntários.

Cerca de 71 itens entre alimentos, bebidas, material de limpeza e higiene pessoal, de marcas e quantidades definidas, têm os preços colhidos durante o levantamento feito pelos estudantes, mensalmente, em supermercados da cidade, em datas entre os dias 21 e 23 de cada mês. Além do índice de inflação do município, é possível apurar o preço da cesta básica, quais os produtos que sofreram os maiores aumentos e reduções de preços e o índice de variação da cesta básica.

“No estado do Rio de Janeiro, Teresópolis é o único município que calcula o seu próprio índice de inflação. Vale destacar que a atualização de indicadores de inflação é feita através de levantamentos feitos pelo IBGE, por meio da pesquisa de orçamentos familiares (POF). O cálculo da cesta básica de Teresópolis leva em consideração a cesta básica medida pelo DIEESE (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos)”, disse Valéria Brites, uma das professoras à frente da pesquisa,

Nesta nova fase do programa a Feso vem fazendo o processo de atualização das marcas, bem como dos pesos e quantidade dos itens pesquisados, levando em consideração as possíveis alterações sofridas pelo processo de reduflação, ou seja, processo em que os produtos diminuem de tamanho ou quantidade, enquanto que o preço se mantém inalterado ou aumenta. Outro upgrade do programa é estender os cálculos para outros municípios, começando por Magé, onde já existe um Polo Unifeso com cursos 100% on-line e híbridos, como conta Valéria. “A partir de agora, Magé será o segundo município do estado do Rio de Janeiro a possuir seu próprio índice. Isto será possível já que temos um polo nesta cidade. E este trabalho só é possível com a colaboração de nossos estudantes. Em Magé, temos um estudante pesquisador, recebendo bolsa de iniciação científica”.

A professora acredita que a pesquisa IPC-Feso exerce um papel de grande valia para os municípios envolvidos, já que fornece informações à sociedade, dá suporte à administração pública e traz informações de forma simples. “Quando o Unifeso disponibiliza informações sobre a inflação e/ou cesta básica dos municípios envolvidos, está desempenhando seu papel e cumprindo sua missão, que é de promover o desenvolvimento econômico de Teresópolis e da região. Essas informações são valiosas para empresas, governo e cidadãos, já que podem entender melhor o processo inflacionário do município para suas tomadas de decisões. Além disso, ainda promove um ensino de excelência, ao envolver seus estudantes em projetos de pesquisa e de extensão”, completou.

Por Paola Oliveira