Reflexões

“Eu fui feliz outrora, agora”.

Em concerto na FESO PRO ARTE, recentemente, lembrei-me dos diversos eventos que realizamos naquele Centro, do trabalho, das preocupações, das dúvidas se tudo daria certo. Tempos depois vinha a lembrança de que tudo funcionou a contento. Então, recordei-me de Pessoa e sua poesia-reflexão acima. Estamos comemorando 130 anos do nascimento desse português universal, comemorações que vimos procedendo através de tiradas e poemas em cada concerto, em pílulas culturais para eclodir em grande homenagem em novembro de 2018 no nosso Festival POÊTERÊ.

Paro para refletir: que homem inteligente, profundo, um gênio mesmo. Alguém disse, e ele próprio confirmou, exatamente assim, no singular com o plural “Ele FOI vários o quanto permitiu sua lúcida cultura e extensão dialética”.

Múltiplo e variado é um só, enigma de si mesmo, paradoxal, lógico e contraditório. Sua região é Lusa (“minha pátria é a língua portuguesa”), seu mundo o planeta todo. A sua temática pertence a todos, escritor universal na linhagem de um Shakespeare, Dostoievsky ou Goethe.

O gênio disse certa vez: “”... o valor de uma civilização mede-se pela cultura, saúde e energia de seus membros. “Uma nação só entregue à cultura pode produzir seus poetas...” Mas prossegue o poeta “o paradoxo não é meu. Sou eu” . Então, arremata (!): Só a Música e a Literatura permanecem”.






Jorge Bragança
Centro Cultural FESO PRO ARTE
Presidente do Conselho