Unifeso - Unifeso recebe professora da UFRRJ para palestra sobre Recursos Hídricos

CENTRO UNIVERSITÁRIO SERRA DOS ÓRGÃOS




Unifeso recebe professora da UFRRJ para palestra sobre Recursos Hídricos

04-10-2023

Os estudantes de Engenharia Civil do Centro Universitário Serra dos Órgãos (Unifeso) tiveram uma verdadeira aula sobre recursos hídricos, durante o VIII Congresso Acadêmico-Científico do Unifeso, realizado de 2 a 4 de outubro. A Dra. Erika Cortines, professora do curso de Gestão Ambiental da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro e presidente do Comitê Piabanha, que é o Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio Piabanha e Sub-Bacias Hidrográficas dos Rios Paquequer e Preto, esteve no evento para palestrar sobre “Gestão dos recursos hídricos e as cidades”.

Ela comentou que os comitês de Bacias Hidrográficas, como um todo, funcionam como um grande fórum em que é possível indicar quais são as principais demandas e problemas do nosso bairro, da nossa região e da nossa bacia hidrográfica. A professora falou não só do Comitê Piabanha, mas também das questões hídricas do mundo, do Brasil e do município de Teresópolis.

“Temos os recursos hídricos em todos os lugares onde estamos, inclusive dentro de nós. Então não temos como falar em igualdade e em direitos humanos sem falar da questão hídrica. E o início desse debate aconteceu em 1997, no Fórum Mundial da Água, que já apontava que a água é um recurso indispensável para a sobrevivência humana e que era preciso um esforço coletivo dos países para se reconhecer essa importância e atuar de forma conjunta na preservação. Hoje temos cerca de 2,2 bilhões de pessoas no mundo que não têm serviço de água potável em suas casas, e isso equivale a um em cada três habitantes do planeta. E sabemos que não ter água de qualidade gera uma série de problemas de saúde e ambientais que vão desencadear em uma série de consequências para essas cidades”, destacou Erika.

A palestrante ressaltou que a área urbana de Teresópolis se desenvolveu bastante na área da cabeceira da bacia. Apesar de a cidade ter ainda uma área de muita floresta, o Rio Paquequer recebe uma grande carga de poluentes na sua cabeceira, e isso é transferido para toda a bacia. “Teresópolis tem vários reservatórios e captações de água em áreas preservadas, como o do bairro Caleme. Desta forma, 143 mil pessoas se abastecem nesses mananciais de captação da cidade. Porém, mesmo Teresópolis tendo tantos fragmentos florestais, ainda assim pode ter problemas com a água. Petrópolis e Teresópolis estão no topo da lista de potencial de carga poluidora da Região Serrana. Isto quer dizer que estamos degradando os nossos rios de tanta poluição que jogamos neles e, infelizmente, não temos tratamento de esgoto em Teresópolis. E a cidade lança nos seus corpos hídricos de 5 a 7 mil quilos de carga orgânica por dia. É uma carga de poluição absurda”, declarou.

Por Juliana Lila


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