A primeira edição do Hackathon - Unifeso Challenge 2022 agitou o último fim de semana do campus Quinta do Paraíso do Unifeso. A super maratona de programação contou com cerca de 40 participantes, estudantes do curso de Ciência de Computação, que emergiram numa competição em busca de soluções computacionais inovadoras aos problemas apresentados pelas empresas parceiras.
O evento teve a abertura no dia 21 de outubro, mas a disputa começou pela manhã do dia 22 e foi até o dia 23, quando as soluções criadas passaram pelo crivo de uma banca avaliadora, e os três primeiros colocados receberam prêmios.
Foram dez equipes participantes ao todo, com média de quatro integrantes em cada. “A receptividade dos alunos foi muito boa e viram que, de fato, foi uma maratona. O objetivo para muitos estudantes, principalmente os que estão nos primeiros períodos, foi cumprido, ou seja, eles realmente aprenderam coisas novas, vivenciaram o que é uma rotina pesada de desenvolvimento de projetos, onde se tem que aprender a trabalhar com ferramentas novas e a trabalhar em equipe, contando com a orientação dos professores, mentores e empresários da área”, avaliou o coordenador do curso de Ciência da Computação, professor Alberto Angonese.
João Gabriel da Cruz foi uma experiência inédita e muito esperada pelos estudantes. Com a voz um pouco rouca de quem virou a noite na programação, mas animado com os resultados, João contou que os participantes curtiram bastante. “Meu grupo fez um desenvolvimento web de uma comunidade para alunos do Unifeso, dentro de um portal do aluno, para facilitar a comunicação entre os estudantes e professores”, adiantou. O resultado deste projeto rendeu ao grupo de João a premiação de terceiro colocado.
Maycon Douglas Guedes, do oitavo período, está na reta final do curso de Ciência da Computação fechando a graduação com chave de ouro. “Foi uma experiência única e um desafio porque criar toda uma solução para um problema real e que agregue valor para a sociedade e empresas. E como final de curso, é bom para ter esta métrica de até onde vai o nosso conhecimento e do que somos capazes. Como já trabalho nesta área, para uma empresa do Canadá, vejo que são desafios que enfrentamos no dia a dia. Por mais que planejamos, sempre há um imprevisto, e temos que saber lidar com eles”, avaliou Maycon, que conquistou o segundo lugar com o seu grupo.
As equipes tiveram acesso a mentorias para apoiá-las ao longo da jornada de criação e de desenvolvimento. André Silva, desenvolvedor web do Unifeso, que se disponibilizou para auxiliar os estudantes. “Com trocas de ideias conseguimos conceber produtos. O mais bacana do evento foi a integração de diversos períodos do curso - com participantes dos primeiros aos últimos períodos, o que culminou em uma vasta troca de conhecimento entre os grupos”, observou André.
O evento contou com o apoio e a presença no corpo de jurados de representantes das empresas ASL Softhouse, desenvolvedora de sistemas para área de gestão da saúde e pioneira em softwares para imagens DICOM no Brasil; Noclaf, considerada uma das empresas de desenvolvimento de sistemas que mais cresce no Brasil; e MedPortal, que oferece plataforma EAD e conteúdo digital para instituições de saúde, soluções digitais com suporte de ponta a ponta para implementar e gerenciar projetos de educação continuada digital; além do secretário municipal Vinicius Oberg, de Ciência e Tecnologia; e do Max Borsoi, gerente de Tecnologia da Informação do Unifeso.
Segundo Vinicius Camara, CIO na MedPortal, este foi um desejo antigo que vem amadurecendo há cerca de um ano para que, finalmente, se tornasse realidade. “Quando visitamos, pela primeira vez, o prédio e as instalações do Unifeso tivemos, junto com a Direção Acadêmica de Ciências Humanas e Tecnologias (Dacht), o desejo de construir algo voltado para os alunos e para o mercado de trabalho, pois estamos sempre precisando de pessoas na nossa área. Com esta iniciativa, conseguimos visualizar alguns talentos. A ideia é mostrar para a área acadêmica como funciona lá fora e, para isso, fomos juntando outras empresas”, disse o empresário.
Matheus Falcão se disse grato ao Unifeso por transformar esta ideia em realidade e observou que todos estavam muito envolvidos, desde os participantes, o apoio do Unifeso e os jurados. Segundo ele, o evento superou as suas expectativas em todos os sentidos. "Fiquei muito feliz com os resultados, as ideias foram sensacionais, assim como as tecnologias usadas. Fico muito feliz de ver os alunos se esforçando, virando a noite e correndo atrás, aprendendo tecnologias que não tinham muito contato. E, em pouco mais de vinte horas, estudaram, programaram as tecnologias e tiveram resultados muito legais no final. Foi um evento excelente, sensacional!”, elogiou o jurado.
Por Giovana Campos
