CENTRO UNIVERSITÁRIO SERRA DOS ÓRGÃOS




Profissionais de TI são protagonistas nas organizações", afirma Rodrigo Akira da Google

04/06/2020 17:39:02

Há tempos já é notado o crescimento acelerado da globalização e da tecnologia da informação. Muitos dos processos, que antes eram manuais, já vinham se tornando automatizados com os avanços tecnológicos. Por causa do novo coronavírus, medidas de isolamento social foram tomadas pelo mundo inteiro, diminuindo a possibilidade de se realizar, fisicamente, as tarefas do dia a dia. Com isso, a transformação tecnológica deixou de ser apenas um progresso ou algo inovador para o crescimento das instituições e passou a ser essencial para manter as atividades em funcionamento.

Para falar sobre este assunto, o Feso News conversou com o gerente da área do Ecossistema de Desenvolvedores no Google para a América Latina, Rodrigo Akira (mais conhecido como Akira), que tem mais de 20 anos de carreira na área de Tecnologia. Ele é graduado em Ciências da Computação pela FASP, pós-graduado em Gestão de Redes de Computadores pela FIAP e MBA em Gestão de Negócios na FGV. Com passagens em empresas como Microsoft e Amazon, Akira ocupou posições de gestão nas áreas de projetos, vendas, marketing, desenvolvimento de negócios e Startups. Para começo de conversa, ele alerta que, nesse momento, as empresas que quiserem sobreviver vão ter que mudar um pouco. “Parece clichê dizer que o Covid-19 forçou a transformação das empresas, mas é verdade”, garante o Rodrigo. Segundo ele, mesmo a empresa Google - uma multinacional que oferece serviços online e softwares para download que lidera uma posição bem à frente das demais no que se refere à tecnologia e gestão de pessoas, entre outros segmentos - nesta fase também está se recriando, inclusive adaptando mais profissionais ao trabalho home office.



O protagonismo do profissional de TI 

Com a sua experiência, Akira enxerga neste cenário que a TI tem a oportunidade de ser protagonista nos níveis mais estratégicos das organizações e em projetos que entendem a transformação digital como uma jornada em busca da cultura de inovação – e, quem sabe, a própria sobrevivência. Ele revela uma tendência bem interessante, para quem está em formação na área da tecnologia, seja nas engenharias, na computação ou na arquitetura, ficar por dentro: “Com essa aceleração da adoção da tecnologia, o profissional da área está assumindo um protagonismo dentro das empresas. Antes, a tecnologia era vista como um ‘mal necessário’, em que as pessoas só lembravam do profissional de tecnologia quando uma máquina parava. Esse protagonismo vai fazer com que, cada vez mais, aumente o gap de profissionais desta área no mercado de trabalho. Isso é uma tendência global”, afirma Akira, destacando a importância deste trabalho tanto para as pequenas quanto para grandes empresas, como a Google. “Os desenvolvedores, por exemplo, são uma peça chave porque são os grandes consumidores da nossa tecnologia, temos uma presença forte graças a eles”, afirma.

Além disso, especificamente no cenário do ‘novo normal’, ou seja, o pós Covid-19, as empresas que se destacarão serão aquelas que conseguirem criar soluções que incluam experiências melhores do que as que os clientes tiveram durante a crise. Akira observa que, hoje, o Brasil tem um déficit muito grande em pessoas que se formam na área de TI e se qualificam para o mercado de trabalho. “Estamos formando poucas pessoas na área, em comparação a outros países, como a Coreia do Sul, a Índia, a China.. e, além disso, estamos perdendo nossos profissionais para os outros países, como EUA, e outros na Europa", afirma. 

Dentro deste assunto, o professor Laion Luiz Fachini Manfroi, coordenador do curso de Ciência da Computação do Unifeso, destaca o leque de oportunidades que o curso abre para seus alunos. "Em um cenário atual extremamente complexo para profissionais das mais variadas áreas, temos um crescimento constante do oferecimento de vagas aos atuantes na área de TI. Temos exemplos claros de muitas empresas que só ofereciam 'vagas presenciais' e, a partir de agora, o 'novo normal' serão as oportunidades de vagas para desenvolvedores de software com atuação exclusivamente em home office. Dentro deste cenário, o curso de Ciência da Computação do Unifeso se destaca há 25 anos formando profissionais protagonistas e de extremo valor estratégico para as organizações da região serrana do RJ", ressalta o professor.



Foto:professor Laion Manfroi 



Trabalho remoto

O trabalho em home office está entre as grandes mudanças que estamos nos deparando. Akira lembra que a preocupação das empresas mais tradicionais em ter as pessoas no escritório é , simplesmente, por uma questão de controle. “Porém, existem tecnologias e mecanismos que ajudam a medir a produtividade das pessoas, que não deve ser exagerada também. Trabalho vamos sempre ter muito, mas temos que saber deixar tarefas para o dia seguinte”, aconselha, destacando a importância dos líderes manterem o bem-estar e a saúde de seus colaboradores.



Por Giovana Campos

Outras Notícias






Utilizamos cookies essenciais e tecnologias semelhantes de acordo com a nossa Política de Privacidade. Ao continuar navegando, você concorda com estas condições.