O curso de Terapia Ocupacional do Centro Universitário Serra dos Órgãos (Unifeso) vem ampliando a formação de seus estudantes para o acolhimento de populações historicamente vulnerabilizadas, como a LGBTQIAPN+. A proposta é aproximar teoria e prática a fim estimular a construção de estratégias de cuidado que garantam acesso, respeito e equidade nos serviços de saúde.
Dentro dessa perspectiva, a disciplina Atenção Comunitária à Saúde, ministrada pela professora Anna Carolina Santos, recebeu o terapeuta ocupacional Erickson Miranda para uma aula sobre autodeclaração, interseccionalidade e cuidado digno da população LGBTQIAPN+. No encontro, foi apresentado experiências da Atenção Básica no Estado da Paraíba, destacando práticas que fortalecem a inclusão e a promoção da saúde integral.
Entre os recursos abordados, a autodeclaração é uma ferramenta tida como central. Através dela, os usuários dos serviços de saúde podem informar dados como: nome social, identidade de gênero, orientação sexual e outras informações. Essa prática, segundo Erickson Miranda, favorece um atendimento baseado nas necessidades reais de cada indivíduo, além de contribuir para a redução de situações de transfobia e LGBTfobia.
“É preciso compreender que o preenchimento do quesito orientação sexual e identidade de gênero nos sistemas de informação possibilita reconhecer as diferenças populacionais nos indicadores de saúde e, assim, planejar estratégias que reduzam as desigualdades”, disse o professor Erickson Miranda.
O papel da Terapia Ocupacional
A Terapia Ocupacional tem se destacado nas Unidades Básicas de Saúde, especialmente na criação de ações de acolhimento voltadas ao público LGBTQIAPN+. Entre as iniciativas, estão grupos de apoio entre pares, oficinas de educação em saúde, acompanhamento no período de transição e outras práticas que visam à promoção da saúde integral e ao fortalecimento de vínculos entre profissionais e usuários.
Por: Raphael Branco