Quando se mudou do Rio de Janeiro para Teresópolis para cursar Medicina no Centro Universitário Serra dos Órgãos (Unifeso), em 2014, Aline Levi Sitnoveter não imaginava chegar onde chegou: residente na Universal Fort Florida, nos Estados Unidos.

‌Ela se formou em Medicina pelo Unifeso em dezembro de 2019. Durante a graduação buscou mergulhar nos estudos, mas nunca se considerou uma aluna destaque, no entanto acreditou que era possível ir longe com empenho e propósito. “Esse foi um processo bem longo, mas é possível. Eu sempre fui uma aluna dedicada, porém nunca fui nada excepcional. Depois de muito tempo de organização, de muito foco e dedicação, finalmente eu consegui passar para a residência. Eu vou começar agora em junho na Universal Fort Florida, que é um dos maiores Centros Universitários da Flórida, como se fosse uma extensão do Brasil, que eu realmente amo. Estou muito animada e grata por todos que eu tive o prazer de conhecer no caminho, principalmente as pessoas aqui da Feso”.

‌Aline deu início ao processo para revalidação do diploma para aplicar residência fora assim que terminou a faculdade. Em 2020, antes da pandemia da Covid-19 se instalar, começou a estudar para se preparar para as provas, mas a ideia de fazer residência nos Estados Unidos, que a acompanhava desde a graduação, a preparou para o longo processo que estava por vir. “Eu comecei a pensar nessa ideia durante a faculdade, mas ainda era uma ideia muito embrionária. O que eu podia fazer na época era tentar me envolver ao máximo com pesquisas e projetos de extensão. E aqui na Feso tem muitas oportunidades, principalmente, projetos de extensão para ajudar a comunidade”, contou.

‌Só o processo de entrevistas para a residência durou quase um ano. Além da apresentação pessoal e três provas com duração de 8 a 9 horas, ela também precisou comprovar que passou por estágio fora do Brasil, o que só foi possível durante a graduação com a ajuda do Unifeso. Assim que foi aprovada, voltou a Teresópolis para dividir a conquista com coordenadores, docentes e técnicos administrativos que fizeram parte do período de formação, o que a fez lembrar com carinho do início da jornada. “Foi uma das melhores coisas que aconteceu na minha vida: vir para Teresópolis, conhecer a cidade e estudar na MedTerê. Desde a primeira semana que eu me mudei para a cidade, eu me senti em casa. Eu amo de paixão, e não sou a única. Eu não conheço uma pessoa da minha turma, pelo menos, que não ame essa faculdade, essa cidade”.

‌Para os acadêmicos de Medicina que ainda trilham o caminho da graduação, a egressa deixou um recado. “É realmente possível. Não são só pessoas excepcionais que conseguem. É só você ter vontade e correr atrás, trabalhar duro. Se você fizer o que tem que ser feito, com calma e dedicação, você chega lá”.

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Por Paola Oliveira