Uma cerimónia única que, embora seja simbólica, é muito importante para a vida dos estudantes de Medicina do Unifeso que se propõe a levar a arte da palhaçaria a pacientes, através do Programa Alegria. A Cerimônia do Nariz, realizada no último dia 19 de abril, é um marco para os integrantes do programa, quando os novatos escutam os ensinamentos dos mais antigos e fazem o juramento, mostrando estar preparados para os preceitos que prometem assumir e respeitar.

“O que estão prestes a assumir deverá ser observado por toda a vida, porque é um juramento, e porque trata da empatia com e para outros seres humanos, que esperam, de vocês, a consideração, o apoio e a força que lhes fará enfrentar as doenças, e os tratamentos, com coragem e otimismo”, disse o professor Daniel Hernandes, docente do curso de Medicina, convidado especial na cerimônia. Além de conduzir o juramento, o professor Daniel proferiu um relato emocionante de quando esteve no papel de paciente e a sua experiência com integrantes do Programa Alegria. “Seus pacientes esperam a empatia, o entusiasmo, o amor e o desprendimento que, para eles, representa esperança, melhora, vida e sobrevivência. A palavra paciente vem do latim patior, que significa sofrer, ou patiens, com o sentido de sofredor. Ser paciente, então, é ter algum tipo de sofrimento, cuja melhora está esperançada naqueles que vão tratar aquele mal e - é o que se espera - devolver a saúde, a vida, a felicidade, ao padecente. Paciente, então, é aquele que espera e que precisa de cuidados”, explicou o professor Daniel.

O Programa Alegria vai completar 25 anos e, segundo a coordenadora do Programa, não é só um dispositivo de cuidado e humanização no atendimento hospitalar, é também um dispositivo de construção de habilidade de comunicação, de empatia e trabalho em equipe, importantes na formação da saúde.

Por Giovana Campos