A Terapia Ocupacional é uma profissão ligada à Fisioterapia, com atuação específica no desenvolvimento e adaptação do paciente para atividades do dia a dia. A procura por esses profissionais cresce a cada ano, o que leva a necessidade de preenchimento de vagas tanto no setor público, quanto no setor privado. Com a baixa de Terapeutas Ocupacionais ativos no mercado de trabalho, o Conselho Regional de Fisioterapia e Terapia Ocupacional (Crefito 2) enviou uma carta às instituições de ensino superior descrevendo o cenário, com a esperança de que mais universidades ofereçam o curso.

‌“É um mercado de trabalho aberto, porque a necessidade de um Terapeuta Ocupacional aumentou muito nos últimos anos. Aqui em Teresópolis, especificamente, os Terapeutas Ocupacionais são menos de 1% em comparação aos Fisioterapeutas. São em torno de 600 fisioterapeutas registrados na cidade, e aproximadamente 5 Terapeutas Ocupacionais”, confessou o fisioterapeuta e representante do Crefito em Teresópolis, Felipe Santa Rita.

‌O Centro Universitário Serra dos Órgãos (Unifeso) foi uma das universidades contatadas pelo Conselho. Antes mesmo do recebimento da carta, a instituição vinha trabalhando a ideia da abertura do curso, diante da realidade de 90% estrutura necessária para o aprendizado dos futuros alunos estar disponível nos campi. No próximo semestre, o curso de graduação em Terapia Ocupacional presencial será aberto no Campus Quinta do Paraíso, no bairro da Prata, em Teresópolis, com duração de 4 anos. Os alunos terão acesso a cenários de prática extremamente capacitados, como os alunos da graduação em Fisioterapia.

‌Em uma semana de pré-inscrição aberta no portal Unifeso, já são mais de 130 pessoas interessadas na nova graduação, ainda pouco conhecida por leigos. “Uma área de conhecimento que é interdisciplinar e que tem importante participação, tanto do Fisioterapeuta quanto do Terapeuta Ocupacional, são as tecnologias assistivas, com recursos tecnológicos e tecnologias de prática inclusiva. O que nós, profissionais e futuros profissionais queremos para os nossos pacientes? Vida independente a partir de dispositivos que favorecem e auxiliam na vida diária, as atividades instrumentais, emprego e carreira, espaços adaptados, ergonomia de mobília, oportunidades que valorizem as habilidades de cada indivíduo”, revelou Danielle Aprigio, fisioterapeuta e professora do Unifeso.

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Terapia Ocupacional

De acordo com o Conselho Federal de Fisioterapia e Terapia Ocupacional (Coffito), a Terapia Ocupacional é uma área do conhecimento voltada aos estudos, à prevenção e ao tratamento de indivíduos portadores de alterações cognitivas, afetivas, perceptivas e psicomotoras. O profissional pode atuar em hospitais, centros de reabilitação, instituições geriátricas, programas de atenção básica, domiciliar, escolas e clínicas especializadas, instituições de custódia, programas nas comunidades e em outras organizações que proveem serviços de prevenção e/ou reabilitação, contribuindo para a recuperação e adaptação do indivíduo em conjunto com os outros membros da equipe. “O Terapeuta Ocupacional trabalha com desempenho ocupacional, então ele trabalha muito atrelado à fisioterapia, especificamente, no retorno da função daquela pessoa, seja no lazer ou nas atividades de vida diária. Ele tem a função de integrar esse indivíduo na sociedade novamente”, mencionou a coordenadora de Fisioterapia Unifeso, Alba Fernandes.

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Por Paola Oliveira