O trabalho "O residente como professor: uma proposta de intervenção", de autoria da Dra. Nathalia Kasper e Louro, residente do segundo ano de Ginecologia e Obstetrícia no Hospital das Clínicas de Teresópolis Costantino Ottaviano (HCTCO), foi contemplado com o Prêmio Professor Ricardo Cruz, em segundo lugar na categoria Médico Residente. O prêmio é concedido pela Comissão de Integração do Médico Jovem (CIMJ) do Conselho Regional de Medicina do Estado do Rio de Janeiro (CREMERJ) e tem como objetivo fomentar a produção científica na área da medicina no estado do Rio de Janeiro.

A médica relata que tudo teve início com o "Guia da GO para o Interno", que surgiu antes do próprio trabalho, como um guia prático destinado a orientar os alunos nos cenários que eles enfrentam durante o período de estágio. "Nas seis páginas do guia, os internos encontram dicas e orientações sobre o exame físico das puérperas, o papel esperado nos ambulatórios, plantões e visitas à enfermaria. A aceitação positiva do guia por parte dos colegas e preceptores foi tão grande que eu e a Dra. Helena Taveira Cruzeiro Fortunato, coordenadora do internato de Ginecologia e Obstetrícia na época, decidimos transformá-lo em um trabalho. Aproveitamos a oportunidade para compreender um pouco mais sobre as expectativas e opiniões dos internos em relação ao estágio na área. Para isso, desenvolvemos dois questionários online. O primeiro foi aplicado no início do estágio para investigar as expectativas dos alunos em relação à especialidade e ao estágio. O segundo avaliou a experiência que tiveram durante esse período", contou a Dra. Nathalia.

Inicialmente, ela apresentou o trabalho no Congresso Acadêmico-Científico do Unifeso, o Confeso de 2022, recebendo recomendação de menção honrosa pela banca avaliadora. A inscrição do trabalho para concorrer ao prêmio foi sugerida pelo Dr. Washington Milezi, coordenador da Comissão de Residência Médica (Coreme).

Para ela, a residência é um dos momentos mais desafiadores na formação médica. "Acredito que isso seja uma realidade em todos os hospitais, e no HCTCO não é diferente. O fato de ser um serviço pequeno, com um número reduzido de residentes, parece tornar nossos erros e acertos mais visíveis, intensificando a vivência no hospital. Tive e continuo tendo muita sorte por ter sido acolhida e incentivada tanto pelos colegas quanto por boa parte dos preceptores do serviço. No entanto, acredito que a grande responsável pela minha experiência positiva na residência seja a relação de companheirismo e até cumplicidade que tenho com meus colegas residentes", concluiu a Dra.

Por Giovana Campos