Os estudantes de Medicina no Centro Universitário Serra dos Órgãos (Unifeso) têm incrementado o currículo com vivências de prática médica no exterior e aprimorado o conhecimento. Além do Programa de Bolsas Internacional Unifeso sem Fronteiras, os estudantes contam com o programa de estágios internacionais do Comitê Permanente de Intercâmbios em Prática Médica (Scope) e Pesquisa Médica (Score), oferecidos pela Direção Executiva Nacional dos Estudantes de Medicina (Denem) - uma entidade representativa dos estudantes de medicina do Brasil, em parceria com a Federação Internacional das Associações dos Estudantes de Medicina (IFMSA). No entanto, quem dá suporte e a correta orientação para estes intercambistas é a Coordenação Local de Estágios e Vivências (CLEV).
Foi através da Clev e a ajuda do Unifeso que Rogério Nunes Barreto, estudante do 11º período do curso de Medicina, pôde garantir mais uma experiência internacional, passando um mês, de agosto a setembro, na Grécia. Em um hospital universitário daquele país, ele fez estágio em duas áreas: a Cirurgia Vascular e a Cirurgia Plástica. “Além de vivenciar outras formas de Medicina e de aprendizado, tem a questão da vivência, quando temos a oportunidade de viver novas culturas, conhecer outras pessoas e criar networking, pois acabamos nos vinculando com pessoas de outros países”, disse o estudante.
Ano passado, ele foi a Portugal, onde acompanhou a área da Clínica Médica e, há três anos, estagiou no Rio Grande do Sul, também pela Clev.
A partir destas experiências, Rogério notou que em Portugal, por exemplo, o modo da Medicina é um pouco diferente do nosso, mais direto. “Os especialistas focam apenas no problema, respondem apenas o que estão perguntando. Diferente daqui do Brasil, onde é mais humanizada esta relação entre médico e paciente”, contou. “Já na Grécia, escolhi a área cirúrgica justamente por enxergar esta barreira do idioma, para não precisar ter muito esta comunicação, e não percebi muita diferença daqui do Brasil”, avaliou.
No entanto, o estudante observou que na Grécia os padrões de limpeza e de segurança não são tão rígidos quanto ele pôde observar durante a sua graduação no Hospital das Clínicas de Teresópolis Costantino Ottaviano (HCTCO). “O pijama de plantão, por exemplo, não é trocado a cada cirurgia, por questões de orçamento do hospital. E todas as demais técnicas de seguranças são menores, o que aumenta o risco de uma infecção hospitalar do paciente”, notou.
Por Giovana Campos