07/12/2021 16:36:45
Os professores Bruno Reis e Renato Heringer, da pós-graduação em Ortodontia Straight Wire (MBT) do Centro Universitário Serra dos Órgãos (Unifeso), provaram, na aula de encerramento do curso, no dia 3 de dezembro, que a realidade da profissão é digital. Na ocasião, foi falado sobre os alinhadores invisíveis, que são o que há de mais tecnológico hoje dentro da área da Ortodontia.
“Hoje, independentemente da idade que o profissional tenha, não podemos mais pensar em um mundo analógico. Temos que pensar em uma realidade sem papel, em uma realidade digital. A nova Ortodontia é totalmente digital. E não é necessário gastar muito dinheiro para fazer parte dessa nova realidade”, adiantou o professor Bruno.
“Vamos apresentar aos alunos a Ortodontia digital e falar da nossa experiência com alinhadores, pois trabalhamos com isso há seis anos e já temos uma casuística muito grande”, explicou Renato. Ele também destacou que está para ser aprovado pela maior empresa da área, a Invisalign, o credenciamento dos alunos do curso para o sistema da empresa. “Estamos ansiosos e otimistas de que em janeiro já teremos essa aprovação. Há uma faculdade credenciada no Rio Grande do Sul, e tudo leva a crer que o Unifeso será a segunda instituição”, disse o professor.
Aplicativo Casu
Os professores também apresentaram aos presentes o aplicativo Casu, projeto de conclusão de mestrado deles em Radiologia e Imaginologia Odontológica, na Faculdade São Leopoldo Mandic, em Campinas (SP). Trata-se de um aplicativo voltado para o diagnóstico em Odontologia.
Segundo o professor Bruno, que defendeu a tese do aplicativo no início de dezembro, existe uma classificação de um osso no céu da boca, chamado sutura palatina. Essa classificação foi desenvolvida pela pesquisadora Fernanda Angelieri e publicada em 2013. A dificuldade da pesquisadora é, justamente, disseminar essa classificação. A classificação ajuda o profissional ortodontista e radiologista a dizer se o paciente pode ser tratado em consultório ou em cirurgia, o que evita uma pessoa a fazer uma cirurgia desnecessária.
“O objeto da minha tese foi o desenvolvimento de um aplicativo que mostrasse essa classificação e ajudasse a disseminá-la a profissionais de todo o país. O aplicativo é democrático, pois não utiliza as lojas virtuais, e usa uma tecnologia muito nova, a PWA, em que você instala direto pelo navegador, de forma gratuita. Pode ser baixado no Android, no IOS ou no computador”, explica Bruno.
O Casu é o resultado de um trabalho de mestrado integrado, feito pelos dois professores. Dentro do aplicativo há um questionário, motivo da tese de Renato, que será defendida no dia 15 de dezembro. “Formamos uma equipe através da orientadora, a Anne Oenning, para desenvolver o aplicativo, fazer a pesquisa e defender o mestrado. Mais de 90% dos ortodontistas que responderam à pesquisa acharam importante, muito importante ou indispensável o uso da classificação para traçar um diagnóstico. A pesquisa foi feita com 72 profissionais”, conta Renato.
Os professores estavam esperando a defesa do mestrado para tornar o aplicativo científico e poder divulgá-lo. A banca não teve nenhuma restrição em relação à defesa. A única sugestão feita foi a de traduzir o aplicativo para outros idiomas.
Por Juliana Lila