O PoÊterÊ celebrou mais uma edição, que levou ao Centro Cultural Feso Pro Arte (CCFPA), no dia 27 de novembro, uma maratona artística de 12 horas ininterruptas. Este ano, o tema do evento foi a Arte na Era Digital, e o público diversificado pôde conferir uma programação variada, que agradou a todas as idades. Houve concerto, apresentações musicais, contação de histórias, exposição de imersão digital, curso livre de teatro, oficinas e muito mais.
“O evento chega a sua 21ª edição, ou seja, está adquirindo a maioridade. Há 21 anos representamos a cultura brasileira, o teatro, o cinema, a dança, as artes plásticas... Este ano, o nosso patrono é Leo Gandelman, grande músico brasileiro, e temos como personalidade um artista notável, especialista em Portinari e em outros grandes pintores nacionais, que é o Ralph Camargo. Hoje teremos a maratona de um dia inteiro de arte e cultura, em que saímos exaustos, mas felizes!”, destacou Jorge Bragança, presidente do conselho do CCFPA. Ele lembrou que esta edição aconteceu de forma híbrida, ou seja, presencial e virtual. “Quero dizer que o formato virtual vai continuar sempre, porque descobrimos que, com isso, temos uma extensão de público muito maior. Assim, oportunizamos a todos participarem: os que querem estar presentes e os que estão em casa ou fora de Teresópolis”, disse.
No evento, aconteceu a premiação do concurso Canto dos Poetas V. Os textos foram elaborados pela comunidade acadêmica do Centro Universitário Serra dos Órgãos (Unifeso) e passaram pela avaliação dos membros da Academia Teresopolitana de Letras, cujo presidente, Delmo Ferreira, prestigiou a premiação. Ao todo, 22 poemas e minicontos concorreram, os textos ganhadores serão publicados em um livro a ser lançado pela Editora Unifeso.
“A proposta do Canto dos Poetas é permitir que poetas da cidade possam ter a sua produção conhecida. Há muitas pessoas escrevendo, porém, nem todas têm seus textos disponibilizados para a sociedade. Até então, o concurso era aberto ao público, mas, nesse período de pandemia, nós da comunidade Feso temos nos sentido muito afastados, por motivos óbvios. Então, pensei que poderíamos voltarmos para nós mesmos, de forma que a nossa comunidade acadêmica pudesse se manifestar artisticamente. Por isso, dessa vez, o Canto dos Poetas foi totalmente composto por funcionários, estudantes e professores do Unifeso”, explicou a professora Ana Maria Gomes de Almeida, diretora do Centro de Ciências Humanas e Sociais (CCHS) do Unifeso.
Outro diferencial da premiação, esse ano, foi a inclusão da categoria miniconto. “O miniconto é muito difícil de se fazer, então também houve o objetivo de divulgar um gênero literário ao qual as pessoas não estão habituadas. Os poetas são do Unifeso, o júri é da Academia Teresopolitana de Letras e o resultado é para todos nós que acreditamos que a arte é importante”, ressaltou a professora Ana Maria.
Dentre os destaques do PoÊterÊ estava o palco externo, onde aconteceram shows para todos os gostos: Lucas Israel; Yug Werneck; Nara Sebah; Baudolino Arthur de Palla e Banda; Donatinho e Leo Gandelman. As crianças também tiveram vez no evento e puderam se esbaldar nas oficinas de robótica, de culinária e de desenho Anime, além de apresentações da Trupe Circônflexo e de contação de histórias.
“Achei um evento muito bem organizado, com programação variada, tanto para adultos como para as crianças. Tudo acontecendo em um espaço com ambientes integrados, com uma mostra da produção cultural local. Achei o evento muito oportuno e bacana”, elogiou a jornalista Karin Diesel, que levou a filha Letícia para curtir a programação.
O PoÊterÊ
Realizado tradicionalmente entre os meses de novembro e de dezembro, o PoÊterÊ reúne as sete artes: música (a arte do som); dança/coreografia (a arte do movimento); pintura (a arte da cor); escultura (a arte do volume); teatro (a arte da representação); literatura (a arte da palavra) e cinema (integra elementos das artes anteriores). Anualmente, em cada edição do Festival, figuram ícones da literatura e da poesia brasileiras.
Por Juliana Lila
