12/11/2021 16:13:29
Um trabalho realizado pelas profissionais do Núcleo de Apoio Psicopedagógico e Acessibilidade (Nappa) do Centro Universitário Serra dos Órgãos (Unifeso) foi publicado no 59º Cobem - Congresso Brasileiro de Educação Médica -, realizado em setembro. “O sentido da vida: Uma reflexão da escuta psicopedagógica remota aos estudantes de Medicina no cenário da Covid-19” foi um relato de experiências do setor quando todos tiveram que se adaptar às restrições e às novidades impostas pela pandemia.
O estudo constatou que se tratou de uma adaptação lenta, mas que os estudantes foram se familiarizando com a vivência acadêmica à distância, e que a maior parte dos atendimentos foi relacionada à adaptação. “Percebemos que a demanda mudou um pouco no nosso setor. Os estudantes passaram a procurar o NAPPA por problemas de conexão, ansiedade, depressão, preocupação com o momento em que estávamos vivendo, as angústias daquele período, tudo isso influencia nos estudos e é difícil dissociar a vida pessoal da vida acadêmica”, destacou Taise Sena, fonoaudióloga no Nappa.
Ela lembra que o Nappa oferece suporte psicopedagógico ao acadêmico e conta com atendimentos presenciais, feitos por equipe composta por psicólogas, pedagogas e fonoaudióloga. No entanto, no período de pandemia, o Unifeso criou um canal de atendimento remoto, seguindo os critérios das regulamentações dos conselhos federais.
“Estávamos com cursos presenciais que, em um curto período de tempo, precisaram migrar para o formato on-line, e isso trouxe muita angústia para discentes e docentes, que tiveram que se capacitar e adaptar rapidamente suas aulas às plataformas”, conta Taise.
O trabalho com os relatos foi feito tendo como cenário todos os cursos do Unifeso. Entretanto, especificamente para o Cobem, foi feito um recorte para apresentar em formato de banner, abordando a experiência com acadêmicos do curso de Medicina. De acordo com Taise, um artigo completo falando sobre a instituição será publicado em breve.
A partir das observações, concluiu-se que “os atendimentos remotos possuem vantagens, como a otimização do tempo e a segurança dos envolvidos”. No entanto, o trabalho levantou a preocupação com as repercussões emocionais e psicológicas do período pandêmico e pós-pandêmico e destacou a necessidade de novos estudos para aprofundamento. “Quando a pessoa sai de casa para estudar, ela tem outro input sensorial, ou seja, o entendimento de sair de um lugar e ir para o outro. Por isso que o ambiente de ensino é tão importante”, observou Taise.
Por Giovana Campos