Quando um profissional desenvolve um projeto de arquitetura e urbanismo, o diagnóstico do terreno é um dos primeiros passos para que ele possa identificar as necessidades e entender as demandas. São feitas análises em relação à insolação, a ruídos e outros parâmetros que auxiliam o profissional nas decisões do projeto.

Os estudantes da disciplina Projetos I, do curso de Arquitetura e Urbanismo do Centro Universitário Serra dos Órgãos (Unifeso), fizeram, esse mês, uma visita de campo em um terreno para desenvolver projetos de residência unifamiliar. A ideia é que proponham uma casa com dois quartos, com a possibilidade de aumentá-la para comportar mais um cômodo. Eles terão que lidar com um terreno com nível grande de complexidade por conta da topografia, pois se trata de um declive, e deverão pensar em soluções de acessibilidade para os futuros moradores.

“No curso de Arquitetura é muito comum e necessário, nas disciplinas de Projeto, sempre visitarmos os terrenos antes de iniciarmos as propostas, para que os alunos conheçam a área de intervenção e entendam o contexto local. É fundamental fazer, primeiro, o reconhecimento do espaço urbano para depois desenvolver a proposta”, explica a professora Bruna Rodrigues, da disciplina de Projetos I. 

Ela conta que o terreno em questão foi identificado pelo Google Earth. “Pela imagem do Google, por conta da vegetação densa, não conseguimos identificar que já havia uma casa lá. Na visita, conhecemos os proprietários do terreno, que são um casal de idosos. A casa fica na última cota do terreno, no nível mais baixo. O casal contou um pouco da história deles e nos relatou a dificuldade que têm em relação à acessibilidade”, contou Bruna.

Prontamente, os alunos identificaram a necessidade de pensar propostas que também atendam aos moradores. O trabalho, então, acabou se estendendo um pouco após a visita. A turma apresentará, nessa semana, a análise do terreno. 

“A visita de campo foi uma experiência incrível, pois aliamos a teoria à prática, o que é fundamental para o estudo da arquitetura. Ir a campo e ver de perto a área de estudo foi muito importante para o desenvolvimento do projeto. Conseguimos identificar as reais necessidades do local e as limitações existentes no terreno, devido à inclinação”, relatou Thais da Costa Rodrigues, estudante do 4° período de Arquitetura e Urbanismo.

Por Juliana Lila