Fazer ciência é mais importante do que publicar, mas publicar é uma forma didática e eficiente de difundir os achados. Muitas vezes, quando os artigos são escritos e até mesmo publicados, não ganham a devida visibilidade na comunidade científica e entre o público leigo por terem sido escritos de forma inadequada. Não apenas o autor perde, mas também a sociedade como um todo.
A fim de quebrar o paradigma de que escrever artigos científicos bem-sucedidos é uma tarefa complicada, restrita a um grupo seleto, Aldo Fontes-Pereira, professor do curso de Fisioterapia do Centro Universitário Serra dos Órgãos (Unifeso) lança o livro “Escrita Científica Descomplicada: como produzir artigos de forma criativa, fluída e produtiva", pela Editora Labrador. A obra apresenta um método inovador e de fácil assimilação que promete tornar o processo de escrita, publicação e divulgação de artigos muito mais fluido e produtivo. O livro já está em pré-venda e terá o lançamento oficial no dia 5 de julho.
Fruto de muitos anos de aulas, experiência editorial, orientações, pesquisas, entrevistas com editores, revisores e autores de artigos científicos de sucesso, a obra serve como referência para que todos os pesquisadores possam difundir seus achados de modo mais eficaz. “Desde a faculdade, desejava me tornar cientista, então comecei a fazer cursos e a compartilhar todo o conhecimento adquirido, participava de reuniões científicas, de comitês de ética e pesquisa e de reuniões de ligas acadêmicas científicas. Isso fez com que eu conseguisse compartilhar o que eu estava aprendendo com meus colegas de classe. Mas comecei a lecionar sobre escrita científica em 2010, e o processo de criação do livro se confunde muito com a minha formação de cientista”, conta Aldo.
O professor diz que sempre nutriu um sentimento de querer fazer a diferença na humanidade por meio da ciência. “Uma das melhores formas de comunicar um resultado, fruto de um estudo científico, é por meio de um artigo científico, só que publicá-lo requer vencer alguns obstáculos: ser rejeitado pela revista, que por sinal o nível de rejeição é muito alto, e mesmo os que são publicados nem sempre recebem a devida atenção da comunidade. Diante de todas essas dificuldades, desde 2017, eu venho reunindo materiais. Durante a pandemia, aproveitei para entrevistar pesquisadores de sucesso nacionais e internacionais, editores de revistas científicas, avaliadores e reuni vários materiais coletados pelas próprias editoras científicas. Então, consegui consolidar um método que eu já estava criando, chamado MMA (Meditação, Mãos à Obra e Atualização), que considero os três pilares fundamentais para a escrita de um artigo científico”, esclarece.
O professor lembra que o Brasil produz muitos artigos científicos, porém o impacto desses artigos é baixo. Para que um país cresça cientificamente, ele precisa que produção tenha impacto na comunidade.
Aldo Fontes-Pereira é doutor em Ciências, em Engenharia Biomédica, pela Universidade Federal do Rio de Janeiro e especialista em ativação de processos de mudança na formação superior de profissionais de saúde pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). Colaborador em pesquisas científicas nacionais e internacionais, é docente do Centro Universitário Serra dos Órgãos. É editor-associado da revista Fisioterapia em Movimento e membro do corpo de revisores de periódicos nacionais e internacionais. Avaliador ad hoc de órgãos de fomento à pesquisa do Brasil. Autor da obra Revisão Sistemática da Literatura: Como Escrever um Artigo Científico em 72 Horas.
A obra pode ser adquirida nestes sites: Amazon; Livraria Loyola; Livraria da Vila; Livraria da Travessa; Distribuidora Catavento.
Por Juliana Lila
