O que caracteriza sua produção é a informalidade,seu nada metódico sistema de
aprendizado,plenamente empírico e individual no ato de construir seu isolamento criativo.
Suas deliciosas paisagens bucólicas de referência inconsciente à pintura de cavalete à la
mestres do figurativismo tradicionalista como Bonnard ou Corot, na verdade expressam sua
linguagem instintiva da querida paisagem serrana teresopolitana.
Habilidoso desenhista melhor colorista, nada escolástico menos ainda previsível de um artista
eminentemente figurativo que realizou sua primeira exposição individual na Galeria Realidade
no Rio em 1979, e que desde então produz com regularidade.
No momento seu fazer instintivo caminha para uma relativa independência temática da
paisagem para uma exploração mais construtivista da cena urbana,janelas com perfis humanos
em confinamento, prédios diluídos num chiaro-scuro bem pessoal e que predominam nas
suas composições mais recentes.
Sua pesquisa instintiva do fazer pictórico amadurece sua identidade de artista radicalmemete
autodidata e autor de uma poética imaginária constantemente renovada pelo entorno físico
de seu atelier que o sequestra geográfica e psicologicamente para um grito de liberdade e
independência dos meios previsíveis da cultura tradicional.
Em nossos dias só a espontaneidade nos sensibiliza!Vá em frente Gabor!
29/05/2021
Camargo Ralph
Curador da Exposição