Unifeso - Proteger Teresópolis é debatido na Câmara Setorial de Desenvolvimento Sustentável da Alerj

CENTRO UNIVERSITÁRIO SERRA DOS ÓRGÃOS




Proteger Teresópolis é debatido na Câmara Setorial de Desenvolvimento Sustentável da Alerj

27-04-2022

A importância da gestão de riscos para o enfrentamento dos eventos climáticos extremos foi debatida na Câmara Setorial de Desenvolvimento Sustentável da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj), no dia 19 de abril, e contou com a participação de Verônica Albuquerque, reitora do Centro Universitário Serra dos Órgãos (Unifeso). Na ocasião, ela apresentou os resultados do Proteger Teresópolis, um projeto em parceria com a Secretaria Municipal de Defesa Civil que tem como objetivo reduzir a vulnerabilidade de Teresópolis aos desastres naturais, em especial àqueles decorrentes das chuvas, por meio de diagnóstico de risco, preparação comunitária, análise geotécnica e aperfeiçoamento do sistema de monitoramento e gestão.

“Essa temática dos eventos climáticos extremos tem uma relevância aqui no estado do Rio de Janeiro, até pelos incidentes acontecidos mais recentemente. Especialistas sempre destacam que as mudanças climáticas são algo com que a humanidade terá de se habituar a viver. Para isso, precisamos de ações coordenadas, tanto do poder público como das instituições, para termos uma resposta mais rápida”, disse Geiza Rocha, secretária geral do Fórum de Desenvolvimento Estratégico do Estado da Alerj, que organizou e fez a mediação do evento.

O encontro, realizado de forma virtual, contou também com a participação da deputada Martha Rocha (PDT) que, recentemente, apresentou o Projeto de Lei 5.434/22, que cria o Plano Integrado de Gestão de Riscos de Desastres do Estado do Rio de Janeiro. O objetivo é estabelecer diretrizes de trabalho baseadas no planejamento estratégico de curto, médio e longo prazos para implementação da política pública relacionada a esses acidentes.

“A partir dos últimos eventos de Petrópolis, debrucei-me em uma bibliografia e percebi que há um retrato recente de desastres no estado do Rio de Janeiro, além de um componente que passa pela convergência entre a interação social e o ambiente. Outra questão é a do desenvolvimento econômico e social, pois há uma precariedade da estrutura urbana”, destacou a deputada.

A reitora do Unifeso contribuiu ao encontro apresentando uma iniciativa conjunta do poder público com a academia, que já está em curso, desde 2019, no município: o Proteger Teresópolis. “Precisamos aprender com os eventos que vivenciamos na cidade, daí nasceu esse projeto. A proposta é que em 2023 tenhamos mapeadas todas as áreas de risco de Teresópolis. Trata-se de uma experiência totalmente reprodutível do ponto de vista da parceria do poder público com a universidade”, contou Verônica.

Ela explicou que o desenho do projeto se concentrou no diagnóstico e na produção de conhecimento para a diminuição da vulnerabilidade de Teresópolis aos escorregamentos de massa decorrentes das chuvas. “Em conversa com a Defesa Civil, a ideia foi produzir um diagnóstico, atualizar o plano de contingência e fazer um plano personalizado para cada comunidade, de forma que pudéssemos municiar o poder público de dados para direcionar as políticas públicas”, disse Verônica.

Participaram também do debate Regina Alvalá, diretora substituta do Cemaden Nacional e coordenadora da Rede Brasileira de Pesquisa sobre Mudanças Climáticas; Fernanda Vissirini, doutoranda e mestre em Engenharia Ambiental pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj); e o tenente-coronel Anthony Barreira, do Cemaden-RJ. Confira o evento na íntegra aqui.

Por Juliana Lila

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