Unifeso - Programação do curso de Fisioterapia aborda a saúde e as dificuldades dos transgêneros

CENTRO UNIVERSITÁRIO SERRA DOS ÓRGÃOS




Programação do curso de Fisioterapia aborda a saúde e as dificuldades dos transgêneros

18-10-2022

O curso de Fisioterapia do Centro Universitário Serra dos Órgãos (Unifeso) conta com uma programação contemporânea no VII Confeso (Congresso Acadêmico-Científico do Unifeso), que acontece de 18 a 20 de outubro. Uma das atividades foi a conferência Cirurgia de Redesignação de Gênero, que contou com a palestra da fisioterapeuta Sandra da Silveira Ferreira.

Os presentes puderam conhecer os conceitos básicos da cirurgia de redesignação de gênero feminino além da atuação do fisioterapeuta no pós-operatório. “Trazer esse tema para o curso de Fisioterapia era um sonho da coordenação. A questão do transgênero já é uma realidade, e há um mercado de trabalho amplo para o fisioterapeuta nesta área. O quanto antes iniciarmos essa discussão, seja pela assistência, seja pela saúde pública, pelas complicações que essas pessoas encontram, estaremos ganhando muito na formação dos nossos estudantes. Estamos trazendo questões como as dificuldades que essas pessoas encontram na assistência, principalmente no serviço público, de acolhimento, de orientação. Além disso, muitas doenças, como câncer de próstata, de mama e de útero, vêm aumentando nessa população, pois, por terem mudado seus corpos, muitos se esquecem da genética e dos cuidados necessários. Precisamos, então, trazer esses assuntos para dentro da academia e formar nossos estudantes para atenderem esse público”, disse a professora Andréa Graniço, coordenadora do curso de Fisioterapia do Unifeso.

A palestrante Sandra da Silveira Ferreira destacou que se trata de uma área relativamente nova e que vem crescendo. “Atua nesse segmento o fisioterapeuta que trabalha com a especialidade de pélvica ou de uroginecologia funcional. A atuação da fisioterapia é extremamente importante no pós-operatório. A grande maioria das mulheres trans, que passaram pelo procedimento de redesignação, que é um procedimento complexo, apresentam muita dor na penetração e também corre o risco de haver a estenose do canal vaginal. Então há recursos eficazes na fisioterapia para atender essas necessidades e oferecer qualidade de vida para as pacientes, e a grande maioria desses recursos são simples e de baixo custo”, explicou Sandra.

A palestrante também ressaltou a importância do acolhimento a essas pacientes. “Temos por hábito, em qualquer área da fisioterapia, acolher. Na maioria das vezes, o histórico dessas pacientes é muito triste, são pessoas que passaram por traumas, por discriminação e por preconceitos. Então, quando o profissional acolhe essa paciente já há uma ajuda enorme. E nós, fisioterapeutas, sabemos fazer isso muito bem”, finalizou.

Por Juliana Lila

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